O programa de verão intensivo da CATÓLICA-LISBON, Summer Academy, distingue-se pela sua combinação de excelência académica, imersão cultural e ligação ao mundo empresarial. Criado para proporcionar uma experiência internacional enriquecedora a estudantes universitários e recém-universitários, o programa oferece um ambiente de aprendizagem desafiante e oportunidades únicas de networking.
João Cotter Salvado, professor e diretor académico do programa, partilha, em entrevista, as particularidades que tornam esta experiência tão singular, a evolução do projeto e os seus impactos na trajetória académica e profissional dos participantes.
- Quais são os aspetos que diferenciam a Summer Academy de outros programas de verão semelhantes?
A Summer Academy distingue-se em vários aspetos. Antes de mais, ocorre em Lisboa, uma cidade com um ambiente vibrante e uma forte identidade cultural, o que permite uma imersão única no contexto português. Depois, há a questão da excelência académica: ao contrário de algumas escolas de verão, aqui os alunos frequentam cadeiras totalmente equiparadas ao nível de exigência das disciplinas da CATÓLICA-LISBON.
Outro fator diferenciador é a experiência empresarial. Procuramos, todos os anos, reforçar a componente prática do programa, levando os alunos ao contacto direto com empresas e os seus líderes. Organizamos visitas a organizações, promovemos painéis com CEO’s de grandes empresas e proporcionamos momentos de interação que os participantes dificilmente encontrariam noutros programas. No ano passado, por exemplo, lembro-me de ter alunos a comentar: «Como é possível vir a Lisboa e ter a oportunidade de interagir com três CEO’s de algumas das melhores empresas em Portugal?». Isto é uma coisa única, que não existe em nenhuma Summer Academy na Europa.
- Como tem evoluído o programa ao longo dos anos? Que mudanças ou melhorias foram introduzidas?
A Summer Academy tem mantido uma estrutura que favorece a proximidade e a criação de laços entre os participantes. Não pretendemos ter 200 alunos numa única edição. Apostamos em turmas reduzidas, onde se cria um verdadeiro espírito de grupo.
Desde a primeira edição, logo após a pandemia, o programa tem registado uma procura estável. Os primeiros anos contaram com cerca de 25 a 30 participantes e o ano passado esse número manteve-se dentro dessa ordem. No entanto, este ano já registámos um aumento significativo de candidaturas ainda antes do prazo final, o que demonstra um interesse crescente.
A adaptação contínua às expectativas dos alunos tem sido essencial. Temos ajustado as atividades culturais e reforçado o contacto com empresas, mantendo sempre um equilíbrio entre a componente académica, o networking global e a experiência imersiva.
- Quem são os alunos que costumam participar na Summer Academy? Há um perfil comum entre eles?
O grupo de participantes é extremamente diversificado, tanto em termos de formação académica, como de nacionalidade. No ano passado, tivemos alunos de 16 países diferentes, desde o México ao Vietname, passando pelo Brasil, Chile, Canadá, Áustria e Rússia, para dizer alguns.
O que une todos estes estudantes é o interesse por gestão, liderança e estratégia. Muitos vêm de áreas completamente distintas, como medicina, arquitetura, engenharia ou jornalismo e procuram uma primeira exposição ao mundo da gestão. Há também quem veja o programa como uma oportunidade para viver uma experiência internacional, expandir competências e explorar áreas complementares ao seu percurso académico.
- Que competências e conhecimentos vão ser adquiridos durante as duas semanas do programa?
O programa está estruturado em torno de duas áreas fundamentais: estratégia e liderança.
Na componente de estratégia, exploramos as principais decisões que uma empresa deve tomar para se posicionar no mercado. Apesar de ser uma cadeira com um nome tradicional, procuramos abordá-la de uma forma dinâmica e integrada, incluindo perspetivas relacionadas com empreendedorismo social.
A disciplina de liderança segue uma abordagem inovadora, focando-se na liderança responsável e sustentável. Queremos que os alunos compreendam não só como gerir equipas e organizações para obter resultados financeiros, mas também como contribuir para um impacto positivo no mundo.
Além destes conteúdos, o programa reforça competências transversais, como pensamento estratégico, capacidade de comunicação e trabalho em equipa, fundamentais para qualquer percurso profissional.
- De que forma a Summer Academy pode influenciar as futuras decisões académicas e profissionais dos estudantes?
O programa pode ser um ponto de viragem em três dimensões. Uma delas é a exposição à gestão. Muitos alunos nunca tiveram contacto com estas áreas e percebem aqui o impacto que podem ter nas suas carreiras, seja em papéis de liderança, consultoria ou até no empreendedorismo. No ano passado, tivemos participantes que decidiram inscrever-se porque queriam criar os seus próprios negócios.
Outra questão é a experiência internacional. A diversidade cultural dentro da sala de aula permite a construção de uma rede internacional de contactos. Tivemos estudantes que, depois do programa, utilizaram essa rede para explorar oportunidades profissionais noutros países.
Por fim, o desenvolvimento de soft skills. Esta questão de a pessoa saber interagir com os seus pares, algo que as pessoas acham que é quase intuitivo e “common sense”. Todo o programa funciona muito à base de exercícios em sala de aula, de exercícios em grupo, de muita interatividade entre as pessoas, mesmo as atividades culturais têm jogos incorporados. Isto é uma coisa que nós desenvolvemos e eu acho que isto é ótimo para as carreiras dos participantes.
- Para além dos conhecimentos académicos, que outras mais-valias oferece a Summer Academy?
A componente extracurricular tem um papel essencial na experiência global do programa. Organizamos atividades, como aulas de surf na praia, visitas a empresas e percursos culturais em Lisboa. No ano passado, fizemos uma visita à Casa do Impacto, onde os alunos conheceram empreendedores sociais e discutiram os desafios do setor, e à BP, onde fomos recebidos pela CEO e visitamos uma operação da empresa.
Este ano queremos reforçar ainda mais esta vertente, incluindo experiências culturais mais imersivas, além de aumentar o número de visitas a empresas.
- O que pretende a CATÓLICA-LISBON alcançar com esta edição da Summer Academy?
O nosso objetivo é claro: proporcionar uma experiência intelectualmente estimulante e socialmente enriquecedora. Queremos que os alunos saiam do programa com ferramentas úteis para o seu futuro profissional, mas também que se apaixonem pela CATÓLICA-LISBON, por Lisboa e pelo espírito de comunidade que se forma durante estas semanas. Conciliar estes dois aspetos é o nosso objetivo este ano, e temos conseguido alcançá-lo com sucesso nos últimos anos.
- Que mensagem deixaria a quem ainda está indeciso sobre a candidatura?
A Summer Academy é uma experiência única. Quem participar terá acesso a conteúdos que estão na vanguarda do conhecimento, beneficiará de um networking global incomparável e viverá uma imersão cultural inesquecível em Lisboa.
Se procuram uma oportunidade para aprender, crescer e criar laços com pessoas de todo o mundo, este é o programa certo.
- Que conselho daria aos futuros participantes para que aproveitem ao máximo esta experiência?
A melhor forma de tirar partido da Summer Academy é mergulhar intensamente em cada momento. O ritmo pode ser exigente. As aulas são desafiantes, as atividades são dinâmicas e muitos alunos aproveitam para explorar Lisboa e até viajar pelo país. Mas é exatamente esta intensidade que torna a experiência tão transformadora.
Dentro da sala de aula, incentivamos os participantes a fazer perguntas, interagir e desafiar os professores. Fora dela, queremos que aproveitem cada oportunidade para conhecer novas pessoas, descobrir novas culturas e viver a cidade.
As candidaturas para a Summer Academy estão abertas até 30 de abril. Saiba mais sobre o programa aqui.