NECEP divulga previsões para economia portuguesa: 3º Trimestre, o maior desde o início da pandemia

Quarta, Outubro 13, 2021 - 12:04

O NECEP - Católica Lisbon Forecasting Lab - divulga hoje as suas previsões para a economia portuguesa. Tudo indica que o nível de atividade da economia portuguesa terá sido, no 3º trimestre, o maior desde o início da pandemia e das políticas de confinamento introduzidas em março de 2020. Assim, a economia portuguesa deverá ter crescido 1.5% em cadeia ou 2.9% em termos homólogos, pelo que deverá estar a operar a cerca de 95.6% do nível do 4º trimestre de 2019, o último sem efeitos da pandemia e dos confinamentos.

O resto do ano deverá ser influenciado pelo efeito combinado da intensidade das restrições à atividade económica em Portugal e na Europa, mas também da economia internacional com sinais de abrandamento oriundos dos Estados Unidos, da China e da Zona Euro. O cenário central de crescimento do PIB em 2021 é agora de 3.7%, uma revisão em alta de 0.2 pontos percentuais, explicada pela melhoria recente dos serviços e exportações, que colocaria a economia portuguesa a operar no limiar dos 95% do nível de 2019, pior do que o antecipado anteriormente em resultado das revisões que o INE introduziu nos dados no final de setembro. A incerteza é ainda grande pelo que o crescimento este ano poderá oscilar entre 3.2% e 4.2% em função da intensidade das limitações à atividade económica e da dimensão do apoio orçamental às empresas e famílias mais afetadas pela crise.

Para 2022 é esperado um crescimento de 4.3% que permitiria, em princípio, um nível de atividade equivalente a 99% de 2019. A partir daí, o crescimento deverá abrandar para cerca de 2%, com o previsível regresso a medidas de consolidação orçamental em 2023 como forma de reduzir a dívida pública para níveis sustentáveis a médio e longo prazo.

As tensões inflacionistas que se observam, nomeadamente, a nível europeu e nos EUA deverão manifestar-se também em Portugal, com uma inflação esperada de 1.0% já este ano e de 1.3% em 2022. Já o desemprego poderá ficar abaixo dos 7% já em 2021, com um cenário central de 6.7%, evoluindo depois para 6.2% no próximo ano. Em todo o caso, poderão ocorrer aumentos temporários no desemprego, relacionados com o ajustamento do mercado de trabalho após a forte intervenção pública a que foi sujeito.

Consulte o relatório completo aqui. 

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