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Mais igualdade e menos desperdício. Católica ajuda empresas a melhorar

Segunda, Setembro 2, 2019 - 13:07
Publicação
Dinheiro Vivo

Católica Lisbon criou um centro para definir estratégias de negócio sustentáveis para as empresas nacionais.

Mais do que o ambiente, ajudar as empresas a pensar em estratégias de igualdade, paridade, condições de trabalho e na economia circular. A Católica Lisbon criou o Center for Responsible Business&Leadership, sob orientação do professor Nuno Moreira da Cruz, com o objetivo de preparar companhias e administradores para os negócios do século XXI e quer começar a mudar a forma de as gerir em Portugal já a partir deste ano.

“Quando se olha para a big picture vemos que o ambiente está como está, os aspetos sociais estão mais degradados a nível mundial e é impossível que as empresas não sejam levadas a atuar de outra maneira. Para isso vão precisar de ajuda”, explica o responsável pelo centro para os negócios sustentáveis que irá funcionar na Católica, em Lisboa.

Contando com dois parceiros desde o início, a Efacec e a BP Portugal, Nuno Moreira da Cruz explica que o centro quer apoiar desde as grandes empresas até às mais pequenas. “Vamos funcionar com projetos e dependendo de cada caso. As empresas podem candidatar-se e faremos um case study para cada.” Mas fica o alerta: “Não queremos fazer green wash”, mudar só a imagem para parecerem verdes, “queremos instituições comprometidas em mudar. Mas queremos começar pelas grandes”, admite ao Dinheiro Vivo.

Para isso, vão apostar na investigação e em “muitos agentes externos. Temos um núcleo duro, mas vamos buscar os melhores researchers; vamos ter um advisory board no qual vão estar os nossos parceiros para vermos os casos pelos quais vale a pena lutar. Queremos trabalhar com os impact funds para ver onde há impacto social. A Católica tem de ser um catalisador de mudança, para conseguir identificar problemas sociais e juntar empresas para os resolver”. A universidade já tem cadeiras de sustentabilidade em algumas das suas licenciaturas, mas Moreira da Cruz quer ir mais longe. “Fiz essa pesquisa, as companhias que hoje estão mais à frente na sustentabilidade, há dez anos só falavam em share holder e value creation. Não queriam saber dos empregados e dos fornecedores e das comunidades locais e dos clientes. É isso que está a mudar completamente, este ciclo todo está a obrigá-los a mudar. Há estudos da Nielsen e da Universidade de Stanford que mostram uma ligação clara entre a sustentabilidade e os resultados que se pretendem.”

Para as empresas mudarem, terão de ter em conta a tendência já seguida pelas multinacionais e “provar que há igualdade, que não há exploração, que o que se tira das comunidades locais voltamos a pôr. O planeta deixou de lá estar para nós e quando se calculam custos, não se punha lá o bocadinho do planeta. Isto vai forçar a uma tremenda inovação e é a inovação que nos vai salvar. Essa é a palavra-chave”. Nuno Moreira da Cruz entende mesmo que “não há estratégias de sustentabilidade, sustentabilidade é a estratégia. Não é ‘fazer coisas bonitas’. As que façam green wash para mostrar vão ser as primeiras a desaparecer”.

Deixa o exemplo da Delta como “estando próxima disto, mas já era antes, não precisou de uma mudança cultural grande. Temos histórias de êxito e as novas startups estão a começar como uma folha em branco. Queremos trabalhar com eles também, é a única forma de melhorarmos. Pedro Oliveira, CEO da BP Portugal, acrescenta que “as empresas bem-sucedidas no futuro serão as que forem percebidas por todos como tendo a coragem de ser genuínas e socialmente responsáveis, com provas de terem a coragem de errar e acertar e mostrando que têm mais do que tudo a coragem de acreditar no futuro”.

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