No âmbito do Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, que se assinala hoje, 30 de outubro, a CATÓLICA-LISBON e a Católica Medical School promovem uma ação de sensibilização para alertar a comunidade escolar sobre a importância do rastreio preventivo e do diagnóstico precoce do cancro da mama, uma das doenças oncológicas mais prevalentes entre as mulheres em Portugal.
Hoje, das 10h às 16h, uma equipa da Católica Medical School estará no lobby do 1º piso da CATÓLICA-LISBON para sensibilizar a comunidade sobre a importância de reconhecer os primeiros sinais da doença, compreender os fatores de risco e realizar autoexames regulares, fundamentais para a manutenção da saúde e do bem-estar.
Esta iniciativa integra-se num esforço contínuo de apoio à sensibilização para a saúde e cuidados preventivos da comunidade da CATÓLICA-LISBON.
Incidência da doença está a aumentar em mulheres jovens
Em Portugal, são detetados anualmente cerca de 9 mil novos casos de cancro da mama, dos quais mais de mil ocorrem em pessoas com menos de 45 anos. Embora seja mais comum nas mulheres, a doença também afeta os homens, que representam 1% dos diagnósticos. Nos últimos anos, tem-se registado um aumento da incidência deste cancro entre mulheres jovens, um fenómeno que também tem sido observado nos Estados Unidos da América.
A existência de um programa eficaz de rastreio tem permitido detetar a doença mais precocemente, o que resulta em melhorias significativas no prognóstico clínico das doentes. Ainda assim, o impacto do cancro da mama estende-se a várias dimensões da vida das mulheres — tanto das doentes quanto das sobreviventes —, afetando as esferas pessoal, familiar e profissional.
Impacto económico do cancro da mama estima perdas de produtividade em mais de mil milhões de euros
O estudo de 2021 “Impacto Económico e Psicossocial do Cancro da Mama em Portugal”, realizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, estimou que as perdas de produtividade devido ao cancro entre doentes oncológicos alcançaram 1.128 mil milhões de euros, enquanto o absentismo dos seus acompanhantes representou uma perda adicional de mais de 248 milhões de euros.
Para além do impacto económico, a doença afeta a vida profissional dos doentes e sobreviventes: 19,7% dos inquiridos referiram ter adiado ou desistido de seguir um percurso de carreira diferente; 5,4% apontaram consequências na vida profissional e na educação; e 4,5% indicaram ter abandonado planos de abrir um negócio.
Questionados sobre medidas que poderiam melhorar a vida profissional dos doentes e sobreviventes de cancro, os inquiridos destacaram a importância de reduzir horários e a possibilidade de alterar funções ou postos de trabalho. Outras sugestões incluíram preparar as empresas para acolher estes colaboradores, facilitar o teletrabalho, promover apoio no regresso ao trabalho, sensibilizar colegas sobre a doença e, em situações mais graves, facilitar a reforma por invalidez ou a baixa médica sem perda de remuneração.
A prevenção é o primeiro passo para a saúde. Contamos com a sua presença!