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Golden Generation vs. Ageing Population

 A 2.ª edição do ciclo de conferências no âmbito da iniciativa Knowledge@CatólicaLisbon, sob o tema “Golden Generation vs. Ageing Population”, que decorreu a 10 de abril, debateu o desafio atual de conjugar a geração mais preparada de sempre com a geração mais madura de sempre, a trabalhar lado a lado num mundo global, competitivo e em constante mudança.

A conferência contou com a participação de Isabel Viegas, coordenadora de Programas na Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON, de Tatiana Marques, Researcher na CATÓLICA-LISBON, de Marta Fortunato, da The Navigator Company, de Nuno Troni, da Randstad, de Vítor Norinha, do Jornal Económico, e dos alunos da CATÓLICA-LISBON, Emília de Abreu, Hanna Nikanorova, Felix Olenhusen e Gagan Gupta.

Golden Generation vs. Ageing Population” debateu o envelhecimento da população e a forma como o mercado de trabalho está a aprender a lidar com as diferenças geracionais nas empresas.

Na perspetiva dos recrutadores é essencial manter os trabalhadores mais velhos e mais experientes motivados, apesar das alterações e adaptações a que as empresas têm sido obrigadas.

“Desenvolver para crescer”, é nesta linha de pensamento que Marta Fortunato defende a necessidade de garantir a retenção do conhecimento que vem dos mais jovens, ao mesmo tempo que lhes é permitido o reconhecimento da sua experiência e do valor que acrescentam às empresas.

Por outro lado, Marta Fortunato não esquece os trabalhadores mais velhos, bem como a importância que têm, enquanto mentores e formadores dos mais novos. A The Navigator Company tem desenvolvido o Projeto Sombra (learning center), no qual os funcionários mais antigos passam o seu conhecimento aos estagiários e juniores, através de mentoring.

Nuno Troni, da Randstad, que lida diariamente com o desafio de aproximar a procura à oferta de trabalho, entende que o desenvolvimento de soft skills é cada vez mais importante no mercado laboral. O diretor da recrutadora realçou que hoje em dia as empresas já não baseiam os seus processos de seleção de candidatos apenas através de anúncios de emprego, mas sim através denetworking, pois vivemos numa sociedade em que “toda a gente sabe quem é quem no mercado de trabalho”.

Para além das perspetivas apresentadas pela The Navigator Company e pela Randstad, a conferência contou também com uma visão científica e académica do tema, apresentada por Tatiana Marques.

A researcher da CATÓLICA-LISBON, que tem desenvolvido vários estudos sobre o impacto do envelhecimento da população no mercado de trabalho, começou por frisar que existem muitos estereótipos negativos relativos aos trabalhadores mais velhos, tais como: o serem menos competentes, menos produtivos e menos motivados que os mais jovens, o que não passam de mitos, de acordo com os diversos estudos já realizados sobre o tema. Tatiana Marques defende que, apesar de os mais novos terem um desempenho, por norma, superior enquanto estão em formação, os trabalhadores mais velhos tendem a ter menos comportamentos contraproducentes e a ser menos conflituosos, bem como a ser mais fieis à empresa e a permanecer por longos períodos de tempo.

Para Isabel Viegas da CATÓLICA-LISBON, o sucesso das empresas está inteiramente ligado à capacidade de lidar com quatro gerações que hoje em dia trabalham em conjunto, pois só desta forma estas serão sustentáveis.

A conferência “Golden Generation vs. Ageing Population” contou ainda com a partilha de experiências e inquietações de quatro alunos da CATÓLICA-LISBON.

Sob uma premissa de partilha, repartida em vários momentos ao longo do ano, iremos identificar, analisar e debater os principais desafios para Portugal, no âmbito da iniciativa Knowledge@CatólicaLisbon. E como consequência, alertar, orientar, auxiliar os responsáveis económicos, sociais e políticos a tomarem decisões informadas e ponderadas sobre a melhor forma de superar os desafios que se nos colocam. 

“De futuro, as empresas que souberem gerir o tema da diversidade de idades serão as vencedoras, que vão continuar por muitos anos.”

Isabel Viegas, Coordenadora de Programas na Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON.

“Não existem diferenças significativas entre os mais novos e os mais velhos relativamente ao desempenho da tarefa. Uma pessoa nova vai sentir-se bem com a variedade de tarefas, quer um trabalho com muito significado, quer mentoring e receber bastante feedback; enquanto que os mais velhos preferem usar as suas competências, consideram importante ver resultados e relacionarem-se com os outros, querem total autonomia e passar feedback.”

Tatiana Marques, Researcher na CATÓLICA-LISBON.

“Os mais novos têm muita vontade de aprender e conhecer coisas novas e os mais velhos têm muita vontade de passar conhecimento.”

Marta Fortunato, The Navigator Company.

“Vai ser cada vez mais importante a capacidade de desenvolver soft skills. As empresas estão a mudar muito a forma de ver o talento e estão a tornar-se cada vez mais preocupadas com as suas pessoas, tanto com as gerações mais júniores como mais seniores.”

Nuno Troni, Randstad.

“É essencial que me sinta alinhado com o propósito e os valores da empresa onde venha a trabalhar. Mas eu também quero ser capaz de sustentar a minha futura família, da mesma forma que meus pais o fizeram por mim.”

Felix Olenhusen, Estudante de MSc in Management with Specialization in Strategy & Consulting.

“Tenho medo de entrar no mercado de trabalho e de me arrepender mais tarde da carreira que escolhi. Eu não quero cair na rotina.”

Hanna Nikanorova, Estudante de MSc in Finance.

“Para mim, o mais importante é trabalhar numa empresa onde possa experimentar coisas novas e ser continuamente orientado.”

Gagan Gupta, Estudante de MSc in Management with Specialization in Strategy & Consulting.

“Estou à procura oportunidades de emprego onde possa aprender, aplicar os meus conhecimentos, expressar minhas ideias e onde não me sinta intimidada pela minha idade.”

Emília de Abreu, Estudante de MSc in Management with Specialization in Strategic Marketing.

Agradecimento especial a Vitor Norinha, pela moderação da Conferência.

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