
Eu sou...
O meu nome é Diogo de Mello Caiado. Quando era pequenino, Caiadinho… As pessoas consideram-me um empreendedor natural. Iniciei a minha primeira companhia com 25 anos. Vejo-me como um viajante, tendo feito jornadas de vários meses pelos 6 continentes, aprendendo com outras culturas. Recomeço cada dia procurando ser humanista e respeitar o próximo. Tenho verdadeiras preocupações sociais e sonho com um Portugal menos anacrónico e mais próspero, governado com seriedade.
Como surgiu o seu negócio?
A minha carreira corporativa foi pouco mais de 2 anos, mas intensa permitindo-me trabalhar em outras jurisdições. Nestas percebi que a categoria vinho evoluía para produtos com uma identidade moderna, capaz de captar novos consumidores, que procuravam escolher de forma diferenciada e criar uma conexão com o produto, em contraste com produtos mais tradicionais, consumidos pela generalidade do mercado. Então decidi criar marcas macro orientadas para mercados ou temáticas, que pudessem igualmente conviver nas escolhas do consumidor tradicional. Em 1 mês, iniciei o registo de cerca de 30 marcas, entre as quais Corcovado, orientado para o Brasil, Imbondeiro, árvore nacional de Angola, ou País das Uvas (que escrito em mandarim, significa Portugal), entre outras. Esta experiência acumulada em marcas e patentes, iria levar-me para outros desafios em outras indústrias. Foi assim o início.
O que é a Adhoc Wine?
A empresa em causa é a Abraito, que detém a Adhoc Wine, umbrella brand para a categoria Vinho, e que atualmente produz no Alentejo e tem parcerias de produção dentro e fora de Portugal.
Alguma Curiosidade?
Em 2016 entrei no negócio de Hospitality, com a criação do conceito Eating Bear, comida para partilhar com harmonizações de vinho. O conhecimento acumulado no vinho permitiu criar rotas de sabores, com 4 dimensões de pratos, para harmonizar as 4 grandes dimensões dos vinhos: minerais, cítricos, frutados e intensos. Temos em Lisboa, na Rua da Madalena, em Curitiba e em desenvolvimento na China, beneficiando de ter criado uma companhia em Macau em 2018.
Sobre o Alumni Business Hub, a importância e porque decidiu participar?
A realidade é que sou imensamente grato à escola. O nível de dificuldade que outrora me fazia quase chorar (isto obviamente é exagero), hoje faz-me rir, porque a facilidade de resolver problemas é fantástica. Vejo isso nos meus colegas de forma notória. Sinto-me sempre humilde ao pé deles. O hub também me permite aproximar destes amigos, por quem tenho uma verdadeira admiração e com quem partilhei momentos inesquecíveis.
No Alumni Business Hub uma das condições para participar é a criação de uma oferta especial para os Alumni. Qual é a sua oferta para a comunidade?
Uma oferta que os Alumni possam sentir de forma tangível: descontos nos nossos espaços abertos ao público em Lisboa: o Eating Bear, a The Lisbon Walker e o Shoes N’ Booze Cocktail Bar (veja em baixo).
Oferta Exclusiva
Eating Bear, Shoes N´Booze Bar and The Lisbon Walker criaram uma oferta para toda a comunidade:
- Eating Bear - 50% de desconto sobre Pratos de Comida
- Shoes N' Booze Bar - 30% de desconto sobre Bebidas
- The Lisbon Walker - 30% de desconto nos Sapatos
Para usufruir destas ofertas visite a Alumni Connect, aqui.
Sonhos:
Desde o início todos os anos organizo algum projeto social dentro da minha empresa. Aqui teria muitas histórias. Mas gostaria de aprender mais sobre impacto social e criar alguma coisa única nesse espaço, que mudasse a vida das pessoas.
O que é que move o seu coração:
Manter a identidade da minha família sólida em valores, vontade de aprender e capacidade de criar e construir alternativas interessantes que nos permitam recomeçar cada dia com um sorriso nos olhos.
Maior Conquista:
Eu e o meu filho mais velho somos asmáticos. O nosso pneumologista disse-me: «ó Caiado, se vocês andarem de máscara vai ser um problema. Porque é que não vai para algum lado?”. Agarrei na minha família, e andei a contornar o Covid entre Flórida, Bahamas, Sul do Brasil, e outros lugares, durante ano e meio! Durante este tempo, ensinei os meus filhos a nadar, a ler, a falar inglês, a correr por praias e selvas, enquanto me tentava abstrair dos meus negócios que caminhavam apressadamente para processo de falência. Graças à criatividade, reconfigurei completamente os processos e consegui salvar as empresas… não perdi nenhuma, mas não mudaria nada mesmo que as perdesse todas.
Maior Desafio:
Manter a integridade e nunca cruzar a linha da ética e honestidade. Porque quando se navega pela pequena economia, todas as semanas aparece alguém para nos enganar ou para propor esquemas errados. Portugal está entupido destes esquemas, com uma economia paralela de aproveitamento de falhas e externalidades. Mas o certo é certo, ainda que ninguém o faça e o errado é errado ainda que todos o façam.
A pergunta mais difícil:
Porque o ser humano é tão egoísta, que mesmo em face do fluxo de informação e geração de conhecimento colectivo, por interesses próprios de grupos e nações, se permite a ver morrer ou a matar milhões de outros seres humanos, por fome, guerra, poluição, ou doenças que há muito estariam tratadas?
Livro que o marcou e porquê:
A leitura anda de mão dada com a viagem. Nesta categoria, destacaria “From the Holy Mountain”, de William Dalrymple, que narra a viagem de um monge ortodoxo na queda do Império Bizântino. Para além de absolutamente inteligente e bem humorado, mostra a capacidade um homem tomar decisões, enquanto vê o mundo que conhecia cair à sua volta.
Frase que o inspira:
Destaco uma frase que nos ensina a incorporar a mudança, traga ela felicidade ou tristeza, como parte de nós: “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio… pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem!…” de Heráclito de Éfeso.