A vantagem da experiência e rapidez em tempos de Covid-19

Press News

Há cerca de dois anos, um grupo de profissionais de gestão decidiu dotar as empresas portuguesas com uma pool de gestores, detentores de uma capacidade única de fazer face a situações complicadas.

Quando a casa está a arder, não é tempo nem de demorar a encontrar o extintor, nem de começar a ler as instruções de “como utilizar”.

Pelo contrário, para evitar uma catástrofe, há que ser rápido e eficaz e, melhor ainda, se já alguma vez – nem que tenha sido num exercício de preparação – tivermos realmente manejado um extintor.

A situação atual da economia e das empresas, na sua maioria, é de “fogo posto” por um inesperado e muito destruidor vírus chamado SARS-CoV-2.

Há cerca de dois anos, um grupo de profissionais de gestão portugueses, constatando que em Portugal não existia uma única empresa exclusivamente dedicada ao “Interim Management” decidiu criar a Experienced Management, exactamente com esse propósito – o de dotar as empresas portuguesas com uma pool de gestores que, por virtude de tudo o que já viveram e experienciaram, são detentores de uma capacidade única de fazer face a situações complicadas.

E em em boa hora o fizemos, ainda não sonhando com a pandemia que nos veio a todos dramaticamente afetar.

Neste momento – em que é necessário sermos muito rápidos e experientes na implementação de soluções de gestão que permitam salvar as nossas empresas de um cenário de catástrofe e de falências em série – a nossa pool de “interim managers“ converteu-se num instrumento essencial de gestão, por três particulares motivos:

1- Garante que os profissionais escolhidos para a base de dados que criámos foram selecionados mediante rigorosos critérios de experiências concretas de sucesso, em uma ou várias indústrias ao longo de vários anos;

2- Permite um processo de seleção e incorporação nas empresas praticamente imediato (já que esses profissionais não estão integrados em organizações que, tipicamente, lhes exigem um período de um a dois meses para se libertarem das funções de responsabilidade que desempenham);

3- Aumenta muito a probabilidade de sucesso em processos complexos e difíceis de profundas restruturações, alterações de modelos de negócio, entrada em novos mercados, etc. – já que os profissionais selecionados trazem consigo um capital único de experiências vividas em situações de grande pressão, não necessitando de treino nem de desenvolvimento para poderem ser efetivos desde o primeiro dia.

Se adicionarmos a estes motivos uma enorme flexibilidade – já que o experienced management garante a imediata substituição de qualquer profissional que não “encaixe” por alguma razão na função que lhe é atribuída – e o facto de, por definição, estarmos a falar de missões que tipicamente variam entre três e 18 meses, permitindo as melhores decisões (nem sempre as mais populares ou sem interesse próprio), temos à disposição das empresas uma poderosa arma de resposta à elevada e rápida destruição de valor a que, infelizmente, já estamos a assistir e que temos que estancar e inverter.

Mais do que nunca, a rapidez, aliada à eficácia e ausência de “outras agendas” que não a imediata produção de resultados, tornam o “interim management” um poderoso instrumento, que na enorme crise provocada pela pandemia deve ser aproveitado em todas as suas modalidades e valências.


Carlos Vasconcellos Cruz, Professor da Católica Lisbon School of Business & Economics​