Estudo da Católica Lisbon School of Business & Economics conclui que a banca é o setor no qual os portugueses menos confiam, enquanto a Presidência da República concentra os maiores níveis de confiança.

Sete em cada dez portugueses antecipa que irá votar nas próximas eleições legislativas, marcadas para 6 de outubro, segundo um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica Lisbon School of Business & Economics, divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o estudo que procurou verificar o grau de confiança no governo, instituições e serviços públicos, ideologia política e intenção de voto por parte da sociedade portuguesa, 69,8% dos portugueses inquiridos dizem que irão votar nas eleições legislativas, 22,2% ainda não sabe se irá votar e apenas 8% assume que não irá votar.

Relativamente à posição ideológica, 37,1% dos participantes assinalam ter uma posição mais à esquerda, 33,9% uma posição central e 29% mais à direita.

“Quanto à avaliação da posição de um conjunto de partidos políticos na escala esquerda-direita (numa escala de 0 a 10 pontos), em média, os participantes colocam os partidos PSD, CDS-PP, e Aliança numa posição mais à direita, e situam os partidos BE, PCP, PEV, PAN, e PS numa posição mais à esquerda”, refere o Observatório em comunicado.

Por outro lado, enquanto 47,5% dos participantes refere que têm alguma simpatia ou preferência por um partido político, 40,3% referem não ter qualquer simpatia ou preferência e apenas 12,2% têm uma forte simpatia ou preferência por um partido específico.

“Quanto à perceção de voto nacional na eleição para a assembleia da república em 2019, considerando a média da percentagem de votos esperada para cada partido, os resultados destacam o PS e o PSD com maior média esperada de percentagem de votos”, explica.

Presidência é a instituição em que os portugueses mais confiam

Se a banca é o setor que os portugueses menos confiam, a Presidência da República concentra os maiores níveis de confiança, segundo o mesmo estudo.

“Após o súbito crescimento de 46,1% do valor médio de confiança na Presidência da República verificado entre março de 2016 e novembro de 2017, este valor continua muito elevado em novembro de 2018”, realça.

O estudo revela que entre o período de tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa e a atualidade, o nível de confiança expressada em relação a esta instituição “é bastante superior ao reportado em período anterior”.parlamento

De acordo com as respostas dos inquiridos, o nível de satisfação com a forma como o governo português gere áreas específicas é maior em áreas como a segurança alimentar, segurança nacional, parques nacionais e espaços abertos. No entanto, a pobreza, manutenção de infraestruturas, habitação pública e criação de emprego são as áreas com menor satisfação.