O grupo de investigação em Ética e Empresas Sociais na CATÓLICA-LISBON foca-se em dois campos principais relacionados entre si: os desafios éticos que são específicos da gestão, e as oportunidades que estão ligadas às empresas sociais e à inovação social.
Desde 2013, os membros deste grupo publicaram 11 artigos científicos sobre temas relacionados com a ética empresarial e as empresas sociais em revistas de todo como o Academy of Management Journal (AMJ), o Strategic Management Journal (SMJ), o Journal of Business Ethics (JBE) e a Business Ethics Quarterly (BEQ).
A investigação do grupo encontra-se entre as mais citadas no campo em expansão da gestão de empresas sociais, e alimenta cursos inovadores de Ética, Inovação Social, Doutrina Social da Igreja, Empreendedorismo Social e Impact Investing.
Membros deste grupo também gerem o Center for Ethics in Business and Economics (CEBE) e a Cátedra em Empreendedorismo Social.
Uma voz influente na área
A investigação do grupo de Ética e Empresas Sociais na CATÓLICA-LISBON é amplamente disseminada e influencia não só o trabalho científico nos campos da ética empresarial e das empresas sociais, mas também as políticas públicas. Em 2013, João Luís César das Neves foi autor de duas publicações no JBE, nas quais aplicou o pensamento de Tomás de Aquino a Dilemas Éticos e Transparência Empresarial. Em 2017, publicou um artigo sobre “The Economics of Pope Francis” na Catholic Social Science Review.
Nos últimos cinco anos, Tommaso Ramus publicou dois artigos no AMJ, ambos focados nos processos através dos quais as empresas sociais podem integrar a criação de valor social e de riqueza assim como obter o apoio de diferentes stakeholders. Também já fez investigação sobre as formas de as empresas sociais gerirem o mission drift, com resultados publicados em artigos na BEQ e no JBE.
Filipe Santos autorou o artigo científico do JBE mais citado entre 2012 e 2016, “A Positive Theory of Social Entrepreneurship”, no qual propõe uma definição de empreendedorismo social que ajudou a delinear este campo. Em 2015, o Global Entrepreneurship Monitor adotou a definição de Filipe Santos para as suas classificações. A sua investigação sobre o financiamento da inovação social levou em 2015 ao lançamento de uma nova política pública em Portugal intitulada "Portugal Social Innovation", que está a ser considerada para replicação pela Comissão Europeia. Filipe Santos recebeu, em 2019, o Social Innovation Thought Leader Award da Schwab Foundation pelo seu trabalho académico e de dinamização da área de empreendedorismo social e inovação social. Filipe Santos foi considerado, em 2019, um dos mais citados investigadores de Business & Economics no mundo pela Web of Science.
Principais áreas de investigação
Os professores Tommaso Ramus e João César das Neves focam-se nos desafios éticos que enfrentam os empreendedores e gestores. Na sua investigação aplicam diferentes teorias éticas para perceber como se deve responder a estes desafios. Realismo Crítico, Ética da Discussão ou Doutrina Social da Igreja são algumas das teorias que podem ser usadas para compreender os temas éticos enfrentados pelos gestores e empreendedores num ambiente empresarial. Os membros do grupo veem a Ética Empresarial como um campo que deve ser desenvolvido tendo em mende as aplicações práticas.
Relativamente às empresas sociais, Filipe Santos e Tommaso Ramus exploram como este tipo de empresas — organizações empresariais que competem no mercado para responder a temas sociais — podem escalar o seu impacto social e manter ao mesmo tempo a estabilidade financeira. Na sua investigação, estudam as estratégias, estruturas e mecanismos que as empresas sociais aplicam para transformar os problemas sociais em oportunidades para a inovação e mudança.
Filipe Santos estuda ainda o ciclo de vida da inovação social: a partir da sua fundação até se tornarem práticas, produtos ou políticas estabelecidas, focando-se na inovação de modelos de negócio e processos de mudança social.
O grupo também explora o financiamento da inovação social, nomeadamente os papéis que a filantropia e o investimento de impacto podem ter, explorando o que os mecanismos novos de financiamento podem fazer para alinhar o retorno financeiro e o impacto social.