Passar para o conteúdo principal

Estudo da Sociedade Portuguesa (novembro 2016)

Estudo da Sociedade Portuguesa - Felicidade, satisfação e qualidade de vida, solidão e perceção de saúde (novembro 2016)

O Observatório da Sociedade Portuguesa da CATÓLICA-LISBON realizou em novembro de 2016 um estudo de modo a caracterizar os membros da Sociedade Portuguesa. Neste estudo, ao qual responderam 983 participantes, aferiu-se níveis gerais de bem-estar e de satisfação com a vida, níveis específicos de satisfação com a vida, posição na sociedade, perceção de saúde, solidão, qualidade de vida, confiança no Sistema de Saúde, e rendimento e poupança.

Tal como verificado no último trimestre de 2015, em geral, os participantes referem sentir-se felizes (72%) e estarem satisfeitos com a vida em geral (68%). Apesar destes valores elevados, Portugal ainda se encontra numa posição moderada em relação a restantes países Europeus.

No que concerne a posição na sociedade, 59% dos participantes localiza-se numa posição central na sociedade, enquanto que 19% se posiciona no extremo superior da sociedade e 22% se perceciona no extremo inferior. Quando comparado com os resultados europeus do European Social Survey (ESS) de 2012, a amostra revela uma maior percentagem de indivíduos a posicionar-se no extremo superior da pirâmide da sociedade (19% versus 7%, respetivamente).

Em relação à perceção de saúde, 81% dos participantes reporta ter uma saúde boa a ótima e apenas 19% refere ter uma saúde razoável ou fraca. Comparativamente com restantes países Europeus, Portugal é um dos países europeus com níveis mais baixos de participantes a percecionarem a sua saúde como boa a ótima. Os participantes reportaram uma perceção muito positiva em relação ao estado de saúde atual: 84% discordam que sentem que a sua saúde limita a participação em atividades sociais, 83% que interfere nos seus relacionamentos sociais, e 81% que sentem dificuldade em realizar atividades diárias devido à saúde.

Relativamente a aspetos de solidão, a maioria dos participantes não indica sentir-se só. A maioria dos participantes indica que nunca ou quase nunca se sentem excluídos (73%), se sentem isolados das outras pessoas (68%), que não há ninguém a quem possam recorrer (67%) e que se sentem infelizes de estarem tão afastados dos outros (66%). Ainda, 59% conseguem sempre ou quase sempre encontrar companhia quando querem. Estes resultados são consistentes com os obtidos no estudo ESS realizado em 2014, cujos resultados sugerem que Portugal possui uma posição mediana relativamente a restantes países Europeus.

Quanto à qualidade de vida dos membros da sociedade Portuguesa que participaram neste estudo, 47% consideram ter uma qualidade de vida muito boa a boa, 41% considera ser razoável e 12% referem ser fraca ou muito fraca. 67% dos participantes referem que a energia que têm é completamente ou quase completamente suficiente para a vida diária. Curiosamente, apenas 28% dos participantes refere ter dinheiro suficiente para satisfazer as suas necessidades, 38% refere que o dinheiro que têm não satisfaz nada ou quase nada as necessidades e 34% indica que apenas satisfaz moderadamente. Os participantes reportam níveis moderados de satisfação em relação a vários aspetos de condições de vida: capacidade para desempenhar as atividades do dia-a-dia (67% satisfeitos e muito satisfeitos), saúde (59% satisfeitos e muito satisfeitos), condições do lugar em que vivem (56% satisfeitos e muito satisfeitos) e relações pessoais (57% satisfeitos e muito satisfeitos).

No que concerne a confiança no sistema de saúde, 93% dos respondentes consideram que é responsabilidade do governo assegurar que todos os Portugueses têm acesso a cuidados de saúde. Aproximadamente 45% dos participantes confiam bastante no Sistema Nacional de Saúde e as áreas com que estão mais satisfeitos são a qualidade (40%) e a acessibilidade (36%). Apenas 27% dos participantes estão satisfeitos com os custos dos cuidados de saúde em Portugal.

Por último, em termos de comportamentos de poupança, 89% dos participantes refere ter muito interesse em poupar e 48% dos participantes referem que necessitam entre 500€ e 1000€ para conseguirem fazer face às despesas familiares. Relativamente à poupança realizada em 2015, 20% dos participantes não conseguiram poupar e 53% pouparam até 20% do rendimento familiar. Os participantes que reportam menor dificuldade em viver com o rendimento familiar apresentam valores médios superiores de felicidade geral e de qualidade de vida, quando comparado com os participantes que reportam maior dificuldade.

Os resultados do estudo podem ser consultados em detalhe em baixo:

Relatório Agregado Caracterização da Amostra Indicadores Gerais: Felicidade e Satisfação com a Vida

 

 

 

Indicadores Específicos: Satisfação com a Vida Indicadores Específicos: Posição na Sociedade Perceção de Saúde

 

 

 

Solidão Qualidade de Vida Confiança no Sistema de Saúde

 

 

 

Rendimento e Poupança    

 

   

 

ALTA DIGITAL